No Dia Mundial do Doador de Sangue, biomédico do Iespes explica sobre a doação segura durante a pandemia

Neste período de pandemia, profissionais da saúde afirmam que a doação é segura e os hemocentros estão preparados para receber os doadores

Neste Dia Mundial do Doador de Sangue, 14 de junho, são organizadas ações em todo o mundo para conscientizar a população sobre a importância de doar sangue. Neste período de pandemia, profissionais da saúde afirmam que a doação é segura e os hemocentros estão preparados para receber os doadores, seguindo as recomendações de higienização e medidas para evitar aglomerações.

No Hemocentro em Santarém, foram separadas as cadeiras, definido o controle do fluxo de entrada de doadores, os agendamentos via internet e telefone, disponibilizadas condições adequadas para lavagem de mãos, uso de antissépticos, além intensificação das medidas de sanitização e higienização das áreas, instrumentos e superfícies.

"Além disto, os servidores receberam diversas capacitações, receberam kits com máscaras, frascos de álcool 70% e orientações [...] O Ministério da Saúde ditou algumas normas, dentre elas, a de que pessoas que tiveram a Covid-19 podem doar sangue somente após 30 dias de recuperadas, por conta do risco de contaminação", explicou o
professor do curso de Biomedicina do Iespes, José Olivá Apolinário, que também é biomédico no Hemocentro Regional (Hemopa) em Santarém.

Quem teve contato com pessoas infectadas ou algum sintoma sugestivo deve aguardar 14 dias para realizar a doação.  

Quem pode doar?


Pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos, é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só pode doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, precisa ter mais de 50 quilos e estar em bom estado de saúde. Quem fez tatuagem ou maquiagem definitiva deve aguardar pelo menos 1 ano para doar sangue. 

Para doar, o candidato deve estar bem alimentado, descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. É preciso apresentar documento de identidade com foto.

Baixa de estoque

Com a pandemia do novo coronavírus, os estoques de sangue que abastecem os hospitais sofreram queda em todo o Brasil. A baixa adesão de doadores se deve, principalmente pelo medo de contaminação com a Covid-19 em um ambiente hospitalar. Entretanto, há a necessidade de manter os estoques.



Olivá Apolinário ressaltou que, observando a baixa de estoque em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, por onde a pandemia começou, o hemocentro de Santarém conseguiu se antecipar.

Ele explicou que foram feitas muitas campanhas que ajudaram no aumento do número de doações de sangue, mas ainda assim, chegou o momento da baixa no estoque.

"Infelizmente, a pandemia é muito dinâmica e, rapidamente, apesar de todos os esforços, o número de doação de sangue diminuiu. Tivemos um momento mais crítico durante o lockdown. As pessoas não iam doar sangue, por conta da dificuldade de sair de casa", contou. 

A necessidade de sangue é diária e contínua. Pacientes com anemias crônicas, acidentes que causam hemorragias, complicações decorrentes da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves, contam com a solidariedade das pessoas.

Endereço do Hemocentro em Santarém: Avenida Frei Vicente, 696, entre as Alameda 30 e 31 (Aeroporto Velho).
O número disponibilizado para agendamento é o (93) 99120-7170, para atendimentos de segunda a sexta, das 7h às 13h.



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